segunda-feira, 12 de maio de 2008

Que País é Este? Para quando as Novas Oportunidades?

A presente situação Portuguesa caracteriza-se por uma profunda crise política, económico-financeira e social (nomeadamente no que diz respeito à segurança, à polícia, à saúde e à educação) da qual não se vislumbra o fim do túnel no quadro político actual, nem muito menos no imediato, se por imediato quisermos entender o que se está a passar presentemente, no dito e considerado maior partido da oposição. Não gosto muito de falar/escrever de problemáticas às quais não estou ligado e não conheço em profundidade (dirão agora os meus leitores, então para que falas/escreves?). Falo ou melhor escrevo, porque considero este momento um dos cruciais (já houve e haverá outros) para o futuro de todos nós, enquanto cidadãos de Portugal e, consequentemente, do mundo global, argumentando que os factos que se dão localmente, se repercutem globalmente, logo temos outras responsabilidades. Ora bem, não sendo eu militante do PSD, não devia vir para aqui exprimir a minha opinião, embora como cidadão de um país livre e democrata o possa fazer. Porém, a actual conjuntura impele-me a escrever devido à preocupação que sinto ao ver que este partido político, que tem tantas ou mais responsabilidades na actual situação do panorama português, se pode estar a dar ao luxo de dar tantos tiros nos pés. Desde já, alerto que nada me move contra o PSD, nem contra as pessoas (como pessoas) que, neste artigo, focarei. Aquilo que eu gostava era que o PSD fosse mesmo um partido de oposição credível e que contribuísse para uma verdadeira república democrática. Todos se lembram (eu pelo menos) do que foram os últimos governos do PSD. Percebemos ou devíamos ter percebido devido a isso que, por exemplo, em Portugal, as maiorias ainda não são bem compreendidas por quem se tem que sujeitar a elas e, muito menos, por quem manda nelas (reparemos no que está a acontecer outra vez). Também, aprendemos que, quando não se consegue, se pode abalar para outras paragens (já outros o tinham feito). Depois, vimos que dar de frosques não é o melhor remédio pois deixamos o mal a outros que, por serem apanhados de surpresa, impreparação ou inabilidade, se acabam por esvaziar (em política parece que se diz queimar, embora aquilo que a tradição portuguesa mostra é que não se queimam muito e que é curta a travessia do deserto). Entretanto, no meio disso tudo, o país é que sofre(u). Comecemos a análise pela educação, lembram-se ?! Foi entre 1993-1995 que se acentuou a sua degradação. Houve uma ministra à época que alinhavou o programa de combate, se assim quiserem entender, à Educação do País e que, após o Guterrismo, voltou a ser retomado por um outro ministro bastante parecido com a actual ministra: a única diferença, em relação a esse ministro, é que não tinha maioria. Passando para o estado do Estado e das Finanças, a dita senhora, foi, no governo seguinte, ministra dessas duas pastas. Se até aí vivíamos no País da “Tanga”, (lembram-se da expressão do então 1º Ministro), nos dois anos em que ocupou essas pastas, passámos para aquilo a que eu chamei de o País do Fio Dental. Claro que não estou a dizer que a culpa foi só do governo em que a sra. em apreço também estava. Claro que dirão que tudo vem de outros tempos, mas de que tempos? Se nos quisermos lembrar e fizermos uma pesquisa histórica, poderemos constatar que todos os que agora se apresentam a candidatos ou já o foram ou já tiveram grandes responsabilidades naquilo em que se tornou o nosso país. Aliás, o mesmo acontece com o PS. Se agora essa senhora regressar, ao que tudo indica, a pergunta que se impõe é: E agora o que vai mudar? Nem sequer há a certeza de ser acrescentada mais uma letra a designação actual do governo. Resumindo, aquilo que eu admiraria, da direita à esquerda, era que fossem dadas novas oportunidades a novos conhecimentos, saberes e competências. Porque será que os partidos não se modernizam e não deixam aparecer novos responsáveis que consigam acompanhar a evolução do mundo e tenham outras ideias? Não quer dizer que sejam melhores, mas pode ser que possuam outras soluções ou outras visões; pelo menos não têm vícios instalados, não têm (à partida) telhados de vidro, nem corredores minados e também não andam (à partida) em vingançazinhas e guerrinhas pessoais e fraticidas, parafraseando o Dr. Alberto João Jardim. Não sei se os senhores políticos sabem, mas o mundo também evolui politicamente. Será que assim haverá alternativa? Ou melhor, para quando uma verdadeira alternativa que tire Portugal do infortúnio que é, mesmo sabendo que é difícil? Se, ao menos, os políticos percebessem o que é ser político e que quem quer o exemplo tem que o dar (atentemos na recentíssima aquisição das novas frotas automóveis… e nos 200 milhões de euros que podiam ter sido poupados com um tal sistema de comunicações – SIRESP – e que atravessou os 3 últimos governos - dois do PSD/CDS-PP e um do PS - … uma indecência).
 
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