sexta-feira, 18 de julho de 2008

A importância da água - Carta enviada do ano 2070


Hoje, pretendo, tão somente, apelar a todos para que façam o favor de ler a seguinte Carta que me foi enviada por e-mail e que não me deixou, e penso que não poderá deixar ninguém, indiferente. Isto é um problema de todos nós e põe em causa a vida dos nossos descendentes. Não sou ambientalista-fundamentalista, mas preocupo-me com o mundo.Também não ambiciono ser um arauto da desgraça. Tão simplesmente, tenho a certeza que ainda estamos a tempo de mudar o destino do planeta terra.“Ano 2070: acabo de completar os 50 anos, mas a minha aparência é de alguém de 85. Tenho sérios problemas renais porque bebo muito pouca água. Creio que me resta pouco tempo. Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade. Recordo-me de quando tinha 5 anos. Tudo era muito diferente.Havia muitas árvores nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro com cerca de uma hora. Agora, usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele.Antes, todas as mulheres mostravam a sua formosa cabeleira. Agora, devemos rapar a cabeça para a manter limpa sem água.Antes, o meu pai lavava o carro com a Água que saía de uma mangueira. Hoje, os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma.Recordo que havia muitos anúncios que diziam: cuida da Água, só que ninguém lhes ligava; pensávamos que a Água jamais se podia terminar.Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aquíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados.Antes, a quantidade de água indicada como ideal para beber era oito copos por dia por pessoa adulta. Hoje só posso beber meio copo.Hoje a roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo; tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas), como no século passado, porque as redes de esgotos não se usam por falta de água.A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas que já não são filtrados pela camada de ozono na atmosfera; imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados.As infecções gastrointestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte.A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam-nos com água potável em vez de salário. Os assaltos por um bidão de água são comuns nas ruas desertas. A comida é 80% sintética.Hoje a pele de uma jovem de 20 anos está como se tivesse 40.Os científicos investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água, o oxigénio também está degradado por falta de árvores, o que fez também diminuir o coeficiente intelectual das novas gerações.Alterou-se a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos e, como consequência, há muitos meninos com insuficiências, mutações e deformações.O governo até nos cobra pelo ar que respiramos: 137 m3 por dia e por habitante e adulto.As pessoas que não podem pagar são retiradas das "zonas ventiladas", que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar. Não são de boa qualidade, mas pode-se respirar. A idade média é de 35 anos.Em alguns países, ficam manchas de vegetação com o seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo exército, a água tornou-se um tesouro muito cobiçado, mais do que o ouro ou os diamantes.Aqui em troca, não há arvores porque quase nunca chove, e quando chega a registar-se uma precipitação, é de chuva ácida; as estações do ano têm sido severamente transformadas pelas provas atómicas e da indústria contaminante do século XX.Advertiam-nos que havia que cuidar o meio ambiente e ninguém fez caso.Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem, descrevo o bonito que eram os bosques, falo-lhe da chuva, das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse, o saudável que era a gente.Ela pergunta-me: “Papá! Porque se acabou a água?” Então, sinto um nó na garganta; não posso deixar de me sentir culpado, porque pertenço à geração que terminou destruindo o meio ambiente ou simplesmente não tomámos em conta tantos avisos.Agora os nossos filhos pagam um preço alto e sinceramente creio que a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto quando ainda podíamos fazer algo para salvar o nosso planeta terra!”(Carta extraída e traduzida da revista biográfica "Crónicas de los Tiempos", Abril 2002)Vamos colaborar na qualidade de vida dos nossos descendentes!

Sequeira

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