terça-feira, 15 de junho de 2010

O MUNDO EM QUE VIVEMOS E OS POVOS QUE TEMOS …

A cada dia que passa, mais nos podemos aperceber, infelizmente, da miséria e da miserável Educação/Formação, Ética e Valores que os últimos 30 anos trouxeram ao mundo e à Europa em geral e a Portugal em particular.

A ganância, a ordinarice e a canalhice promoveram a corrupção, a mentira e o atropelamento dos direitos mais elementares da vida, enfim, a grande roubalheira e o salve-se quem puder. Em tempos, dizia-se que andava meio mundo a enganar outro meio. Hoje, podemos afirmar, sem nenhum pejo, que andam mais de 2 terços a enganar menos de 1 terço, o que significa também que andam muitos mais a vadiar do que a trabalhar. E tudo porquê? Porque a evolução que o mundo assistiu (e todos temos consciência que o mundo evoluiu mais nestes últimos 30 anos, do que em milhares anteriores) só se deu, infortunadamente, a nível científico e tecnológico. E, paradoxalmente, foi precisamente essa evolução que fez com que cada um de nós se tornasse mais individualista e egoísta. Quem não gosta de ter todo o conforto e as melhores coisas que a ciência e a técnica nos dão? Claro que todos gostamos. Até aqueles mais “verdes” não andam a pé e têm que se “aquecer”. Afinal, em quem devemos acreditar?

Ultimamente, recebemos centenas de mails a denunciar vigarices, roubalheiras, mentirices, sem vergonhices e outras quejandas que tal, e digo-vos que não são só relativas ao nosso querido Portugal. O mundo está mesmo contaminado e infectado. A única salvação passa, para mim, por aquilo que sempre defendi: pela aposta séria, rigorosa e exigente na Educação/Formação e pela primazia à família e às pessoas. Que os mais ricos e poderosos não se armem em chicos espertos e não pensem que estão seguros a continuar nestes esquemas fraudulentos. Os povos (as pessoas), quando não tiverem aquilo a que se habituaram, não hesitarão, infelizmente, em ser violentos, caso necessário, para conseguirem (sobre)viver. É a lei da vida a ditar regras e não as regras a serem ditadas para a vida. E assim, não haverá vida que resista.

Das Américas e das Áfricas chegam os ecos da guerra, da fome, da roubalheira e da violência física. Da Europa, exceptuando alguns países (principalmente os nórdicos), onde a Educação/Formação tem sido vista numa lógica de catapulta para o desenvolvimento integrado e sustentado, chegam ecos de grave crise, de falências e endividamentos, de corrupção e gastos mal geridos, desmedidos e incrivelmente exagerados… Quem aguenta ver deputados, governadores, assessores, secretários, gestores, presidentes, ministros e afins a ganhar o que ganham e ainda a terem direito a tudo e mais alguma coisa? Quem aguenta ver governos a espoliar, a infernizar a vida e a exigirem sacrifícios aos seus concidadãos, quando a seguir gastam dinheiros públicos em TGV’s (que não vão ter clientes, pois os bilhetes são mais caros que os do avião), submarinos (sem nenhuma utilidade), eventos megalómanos, aeroportos, frotas milionárias para gestores públicos, senhores com reformas obscenas (alguns com duas e três, mais o ordenado mensal por nomeação/eleição), mais direito a carro e motorista, cartão multibanco, despesas de representação, casa, viagem, telecomunicações, assessores, secretários e seguranças… E olhem que não estou a falar só de Portugal.

O nosso compatriota Miguel Portas denunciava, aqui há dias, no parlamento europeu, todas estas malfeitorias e quê?!… Nada. Tudo isto é abafado.

Um outro deputado, salvo erro belga, dizia o mesmo e interrogava, como é que a UE podia estar a exigir à Grécia que fizesse em 3 meses aquilo que não tinha conseguido fazer em todo o tempo em que lá esteve e apontava países como Portugal e Espanha como futuros companheiros do infortúnio Grego. Nessa interpelação questionava como é que, estando alguns países da UE no caos, podiam os Eurodeputados dar-se ao luxo de aprovar aquele orçamento de sultão milionário e despesista.

Por cá as coisas não são melhores. Só como exemplo, pois este espaço era pouco, como pode aquele ex-governador do Banco de Portugal exigir sacrifícios e diminuição de ordenados, quando o senhor tem o que quer e ganha cinquenta e tal vezes mais que o infeliz cidadão que ganha o ordenado mínimo nacional. E o que fez, para o merecer? Deixou que os Bancos fossem para a BANCARROTA e lixassem milhares de famílias. Foi por isso que ainda recebeu prénios de produção e trabalho. Que tenha vergonha. Se todos os responsáveis citados nesta crónica quisessem abdicar só das suas mordomias e poupar, sairíamos, garantidamente, da crise.

Há muitas formas de poupar sem atacar a arma que pode devolver a vitalidade e a economia ao mundo. Essa arma chama-se: poder de compra (dinheiro faz dinheiro, não é a máxima?). Bons exemplos, Educação/Formação, Ética e Valores precisam-se. Carlos Silvestre

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